A LÍNGUA INCENDIADA PELO INFERNO


Em Gênesis capítulo 11 é descrito a conhecida história da ‘Torre de Babel’. Curioso que se você pesquisar no Google “Torre de babel”, de cara ela é categorizada como “mito bíblico” ou “mito fundador”. Isto porque ela explicaria os diversos tipos de idiomas falados por nós. 


Resumidamente, as pessoas daquela época decidiram construir uma cidade ou uma mega edificação em que seu topo ou sua torre tocasse nos céus. Assim como as grandes pirâmides do Egito, pode-se imaginar a destreza do saber humano em realizar coisas visualmente faraônicas. Entretanto, Deus interferiu em seus ímpetos carnais com a confusão de suas línguas.


Nessa história relatada em Gênesis, o sentido de língua refere-se a “linguagem” ou “idioma”. Mas já no livro de Tiago, observa-se um sentido um pouco diferente, como de “palavras que saem de minha boca” ou “o que exteriorizamos”. Observe:


(...) Se alguém pode dominar a sua língua, isso prova que ele tem perfeito domínio sobre si próprio em tudo o mais. (...) a língua é um pequeno órgão do corpo, mas se vangloria de grandes coisas. Vejam como um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha.

Tg 3:2-10 


A despeito dos sentidos que a bíblia traz sobre a língua, ela tem um grande poder de organizar ou desorganizar as coisas. Podemos direcionar, convencer, instigar, aconselhar, destruir, desonrar, abençoar ou amaldiçoar as pessoas. 


Com a língua bendizemos o Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Tg 3:9


O que dizer de Joseph Goebbels, ministro da propaganda da Alemanha Nazista, que foi capaz de convencer as massas que os judeus eram alvos a serem combatidos?


(...) um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha.


Tiago adverte com palavras ainda mais pesadas, comparando as maldades da língua com origens e inspirações do inferno. Isso porque o espírito de falsidade, calúnia e blasfêmia permeiam seus dizeres.


E a língua é uma chama de fogo. Está cheia de maldade e envenena todos os membros do corpo. E é o próprio inferno que ateia fogo à língua, que pode transformar toda a nossa vida numa chama ardente de destruição e desastre.


Que tal repensarmos cada palavra que sai de nossas bocas?