Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia; Salmos 33:18
Deus tem a cura e o milagre que você necessita
Depois de um processo de vida muito conturbada, até então e, recentemente ter aceitado a Jesus através do batismo, a minha vida parecia estar indo muito bem, começando uma nova etapa. No entanto, no dia 13/05/2015, numa manhã de quarta feira, depois de deixar minha filha de 11 anos no colégio e seguir para o trabalho em uma escola próxima dali, quando eu estava atendendo uma mãe de um aluno na diretoria, fui avisada que minha filha estava passando mal. A princípio, não me preocupei, pois pensava não ser algo sério. Ao chegar no colégio percebi que não era simples assim. Ela estava pálida e sentia muitas dores abdominais. Imediatamente levei-a para o pronto socorro, próximo dali do bairro, e logo foi atendida pela médica, que informou que seria algo urgente! Ela precisaria passar por um procedimento cirúrgico, porém, teria que realizar exames pra comprovar que realmente estava com apendicite. Foi encaminhada para o hospital local, e após ser examinada, foi constatada a mesma enfermidade. Deram uma medicação e novamente ela foi encaminhada para uma cidade próxima chamada Capim Grosso, para a clínica na qual ocorreria a realização dos exames necessários, solicitados pela médica anterior.
Nunca vivi uma manhã tão longa. Parecia interminável, e acompanhando minha filha sofrendo era desesperador. Em meio àquela agonia eu só pensava em uma coisa: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia" (Salmos 46:1), e clamava a Ele dentro de mim.
O médico cirurgião, pela terceira vez realizou o mesmo procedimento, confirmou a cirurgia e fez o encaminhamento, após avaliar o resultado dos exames.
Mas, antes ele falou para nós que existia uma chance rara de acontecer que: até conseguir uma vaga na regulação, no período de internamento, não precisaria de cirurgia, caso houvesse a cura. Mas era raro, quase um milagre.
Naquele momento, eu acreditei no Deus vivo que há dezesseis dias havia conhecido. Pois "a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos." (Hebreus 11:1)
Damos entrada no internamento, e junto com isso: uma batalha foi travada. Os médicos apenas repetiam os mesmos procedimentos. À noite estava sem forças e questionava: "Deus, não é possível! É uma prova muito grande... Como pode?Senhor! Eu te conheço há tão pouco. Nesses dezesseis dias o Senhor tem me mostrado um mundo melhor, mais bonito perto de Ti. Sabe aquele fogo quando acabamos de se batizar? Há muito fogo. Fogo do Espírito Santo dentro de nós!"
Estava muito cansada e confusa e só olhava pra minha filha. Tão indefesa, que não reclamava de nada, ali naquele quarto cheia de soro, a única coisa que ela pedia era: "mãe, eu vou melhorar e vou para o Campori de Desbravadores" que estava acontecendo no CCJA e seria o seu primeiro. Ela sonhava com o clube e agora, a única coisa que via em sua frente era, a cada duas horas, um médico e duas enfermeiras que vinha fazer o acompanhamento, trocar o soro e dar injeções.
Pareciam pessoas usadas por Deus pelo cuidado e atenção. Foram momentos muito angustiosos e, a espera para sair a regulação só aumentava. Tudo começou na quarta. Na sexta pela manhã Laura teve algo para consolar, o que mais gostava de fazer: desenhar no quarto do hospital. Tinha perdido o Campori, estava longe de casa, do colégio, dos amigos. Eu não pensava nos alunos, na escola... apenas lembrava que Deus estava prestes a fazer algo muito grandioso em nossas vidas. A noite, como sempre, vinha uma médica vê-la por volta das 18:00h, quando fui avisada que estavam tentando de tudo pra conseguir a vaga. Não dava mais para esperar, mesmo mantendo o controle com medicamentos. Poucos instantes depois, voltaram novamente comunicando que finalmente tínhamos conseguido a vaga no hospital em Salvador, especialista para criança. Eu não estava feliz, sentimento comum pra qualquer pessoa nessa situação. Me mantive firme, explodindo o choro em clamor porque dentro de mim, eu sabia que Deus ia dar a cura e minha filha não seria tocada. Sem forças, apenas conversava com Deus e me lembrava: "Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão." (Isaías 40:31)
Queria me libertar de tudo aquilo. Estava presa ao medo e a incerteza. Naquela noite mesmo, seguimos viagem. Orei o caminho todo e dizia para mim: "não vai ter cirurgia! Deus vai curá-la! Eu sei Deus, que és um Deus de milagres! Eu sei! Eu sei! Eu creio! Eu sei!" Repetia para mim inúmeras vezes dentro da ambulância, olhando para minha filha que seguia quieta. Chegamos depois da meia noite e já estava tudo pronto. Fomos recebidos pelo médico que ia realizar o procedimento, mas meu esposo não podia acompanhar, já que eu que estava com ela durante esse período. Nesse momento eu estava meio estranha, leve, não sei explicar. Enquanto a equipe que nos acompanhou confirmava os protocolos para a enfermeira que iria acompanhar a cirurgia, eu estava com o médico que olhou pra mim. Não posso esquecer aquele rosto animado, olhar firme. Senti a presença de Deus naquela hora!
Continuei a falar com Deus: "Entrego a ti Senhor a vida da minha filha, age conforme a tua vontade, mas se for possível não deixa ela nem passar desse consultório." De repente, o médico parado diante de nós duas, fala rindo:
"Você mocinha, já sei de todo seu problema. O hospital me passou mas você não está com cara de doente". Olhamos ao mesmo tempo para ela, já com as veias e braços roxos, furados com os soros pendurados.
Ele disse: "Vamos dar uma olhadinha de novo?" Ela sussurrou baixinho. E depois de ter passado por seis médicos, para a honra e glória de Deus, ela simplesmente não sentiu nada.
O médico riu e falou: "não disse? desce dessa cama! vamos dar uns pulinhos? Dois, três. Está ótima! Pode voltar pra casa. Você não tem nada! Ela não tem nada mãe. Acredite!" Fiquei boquiaberta, tentei contar a ele, mas ele retrucou:
"Se ela tinha não tem mais."
E cancelou a cirurgia com a enfermeira.
Eu estava muito, feliz e agradecida. Nosso Deus é um Deus de milagres. Retornamos ao hospital, chegamos ao amanhecer. Era sábado e eu estava agradecida a Deus por tudo.
O hospital logo se mobilizou para saber o que houve. Tivemos que continuar com o internamento, esperando chegar a segunda para realizar novamente os mesmos exames, já que nem todos acreditam em milagre.
Na segunda saiu a confirmação que os médicos não acreditavam. Ela estava curada! Ficou mais três dias sob observação e com oito dias de internamento teve alta.
Mesmo sabendo que estavas bem, ninguém acreditava no que tinha acontecido. Mas nós sabíamos que Deus tinha operado um milagre! Laura perdeu o Campori, mas foi agraciada por um milagre. Três meses depois, ela também aceitou a Cristo e a partir daquele momento confiamos em Deus. Acredito que em Cristo encontramos a força que necessitamos para vencer qualquer n
problema, enfermidade, nEle estamos seguros.
"Não te mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que andares." (Josué 1:9)
Um dos desenhos feito no hospital 👆🏻
Experiência por: Clediane Santos